sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Poema avulso: Imagética




O twitter no telhado cantarola aquilo que não se ouve,
enquanto notas musicais mergulham no poço quadrado e sem fundo.
No poço, quadrado e sem fundo, se deixam cair todas as ilusões.

Aquelas que se criaram ao passar pelas infinitas estantes
que em perspectiva se contruiram perfeitos três ângulos e lados
mas para além de estantes, cores e formas.

Há pessoas.
Pessoas que deitadas para não esquecer do sonho
abrem em livros portais de palavras
para a dimensão sem limite,
onde ponto, reta, plano, espaço e tempo
são apenas formalidades de lógica humana.

Aqui, nesse mundo que é real porque existe,
no mais secreto bailar de luz e sons,
vejo tudo aquilo que não se vê
e sinto tudo aquilo que não se sente.

Mas tudo se desfaz, no papel que agora amasso.
Sei que não é matéria o que preciso.
De tudo, quero e sou apenas sonho.

(Texto: Comte. Arthur M. / Imagem: Aeromoça Christine A.)

 Original post from Caixa de Verdades by Marcela Almeida

Nenhum comentário:

Postar um comentário