domingo, 6 de outubro de 2013

Poema Avulso: Varal de Estrelas

A noite desvelou o seu manto,
que confunde em cores, em tons e matizes,
do profundo, do azul
tingido de oceano
de canções e de poesias
que vislumbra o pálio aberto.

Eu em meu canto,
calmo e quieto,
cão que se aconchega
à sombra da figueira
nas horas cálidas do dia,
estendo meus olhos à janela
de onde a brisa do tempo
faz voltas de vento sobre casas azuis.

Em meu vãos pensamentos
passantes sobre o mar
de velhos e sábios marinheiros ,
estendo na vasta campina,
de ponta a ponta,
desde a relva à duna,
o meu parco varal de estrelas.

Roubas uma a uma,
penduradas e seguras
em prendedores de sonhos,
lá estão:
milhões e milhares de estrelas,
bailando, nas colinas do sono,
do sabor e do cheiro,
em mim,
onde fui, e serei,
eterno e outra vez menino.

Comte. A. Machado

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