Na beira da praia sentei
e na areia, branco-papel pronto para caneta e tinta
Debulhei cada grão de mim.
Letra por letra te escrevi como quem pinta
te compus como quem descansa.
Cabelos de vento
Corpo de sol.
Mas o coração,
Nem de pedra, nem de sal.
Água e maré.
Aos poucos o vento desperta do sono de brisa.
Suas asas tremulam papeis e sonhos:
aqueles que a proprio punho imaginei,
estes que de noite a noite escrevi.
As cartas que na areia rabisco
como gaivotas alcançam o céu.
Enquanto a espuma apaga palavras
Deixo-te ali no canto da onda em forte vaga.
O ar, meu destino e porto, reclama o leme, o timão
Parti, meu amor, naquele tempo
para, outra vez, voar
de verso e prosa nas mãos.
(Comte. A. Machado)
e na areia, branco-papel pronto para caneta e tinta
Debulhei cada grão de mim.
Letra por letra te escrevi como quem pinta
te compus como quem descansa.
Cabelos de vento
Corpo de sol.
Mas o coração,
Nem de pedra, nem de sal.
Água e maré.
Aos poucos o vento desperta do sono de brisa.
Suas asas tremulam papeis e sonhos:
aqueles que a proprio punho imaginei,
estes que de noite a noite escrevi.
As cartas que na areia rabisco
como gaivotas alcançam o céu.
Enquanto a espuma apaga palavras
Deixo-te ali no canto da onda em forte vaga.
O ar, meu destino e porto, reclama o leme, o timão
Parti, meu amor, naquele tempo
para, outra vez, voar
de verso e prosa nas mãos.
(Comte. A. Machado)
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